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Visão geral do Índice Global de Adoção de Criptomoedas
Pessoas em todo o mundo estão adotando cada vez mais a criptomoeda. A motivação delas? Melhor acesso a serviços financeiros. Elas buscam mais controle sobre o próprio dinheiro. Além disso, elas estão explorando novos caminhos de investimento. É uma alternativa mais simples e acessível que o sistema bancário tradicional, derrubando barreiras como taxas pesadas e burocracia.
O relatório The 2025 Geography of Crypto da Chainalysis mostra o quanto a adoção global de cripto avançou e a velocidade com que continua evoluindo. O índice deste ano abrange 151 países e revela uma mudança importante: tanto economias em desenvolvimento quanto economias avançadas estão adotando cripto para usos reais no dia a dia. Esse relatório muda o foco dos países com elevados volumes de transações, muitas vezes nações mais ricas e maiores. Ele destaca áreas onde as pessoas comuns usam extensivamente a criptomoeda. Essa abordagem fornece uma visão mais clara do cenário cripto mundial. Isso mostra como as moedas digitais se integram às práticas financeiras diárias em escala global.
A região Ásia-Pacífico domina o ranking mais uma vez. A Índia lidera o mundo em adoção, enquanto os Estados Unidos garantem o segundo lugar graças a uma onda de crescimento institucional e investimentos impulsionados por ETFs. América Latina e África vêm logo atrás, provando que cripto deixou de ser um nicho e agora faz parte da vida cotidiana.
As exchanges de cripo são fundamentais para esta mudança. Elas simplificam a compra e venda de criptomoedas. Essas plataformas atendem a diversas necessidades. Gradualmente, elas estão se tornando parte da vida diária.
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Conteúdo:
- Visão geral do Índice Global de Adoção de Criptomoedas
- Top 10 Países em Adoção Global de Cripto em 2025
- 1. Índia: A Líder Global em Adoção de Cripto
- 2. Estados Unidos: A Potência Institucional
- 3. Paquistão: Paquistão: Cripto para a Sobrevivência Diária
- 4. Vietnam: Cripto no Dia a Dia
- 5. Brasil: O Gigante Cripto na América Latina
- 6. Nigéria: O Motor Cripto na África
- 7. Indonésia: Inovação e Inclusão
- 8. Ucrânia: Resiliência em Meio à Crise
- 9. Filipinas: Cripto como Estilo de Vida
- 10. Rússia: O Gigante DeFi da Europa
- Bônus: Países Classificados entre 11º e 20º no Índice Global de Adoção de Cripto em 2025
- Percepções Regionais: Onde a Adoção de Cripto Está Crescendo Rápido
- Por Que as Stablecoins Estão Dominando
- Considerações Finais
- Perguntas Frequentes
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Como o Índice Global de Adoção de Cripto é Calculado
A Chainalysis desenvolve o Índice Global de Adoção de Cripto com base em quatro subíndices principais. Ele mede o valor de cripto em blockchain que os usuários de cada país enviam ou recebem, tanto no varejo quanto em nível institucional, abrangendo exchanges centralizadas e plataformas DeFi.
O relatório de 2025 trouxe duas grandes atualizações. O subíndice de DeFi de varejo foi removido porque o setor DeFi agora é dominado por usuários profissionais, e não por traders de pequeno porte. No lugar dele, foi adicionado um novo subíndice de atividade institucional. Essa mudança reflete como investidores tradicionais, bancos e ETFs agora compõem uma grande parte do mercado.
Essas alterações juntas criam uma visão mais justa e equilibrada da verdadeira adoção global, que vai desde o uso diário no varejo até as transferências bilionárias realizadas por instituições.
Top 10 Países em Adoção Global de Cripto em 2025
O relatório The 2025 Geography of Crypto reforça ainda mais essa tendência. Em países com moedas instáveis, condições econômicas frágeis ou regulamentações restritivas, há um aumento significativo na adoção de cripto pela base da população. As pessoas recorrem a esses ativos digitais como uma forma de proteção contra a inflação e para reduzir as incertezas comuns em seus mercados. Confira os 10 primeiros entre os 151 países analisados: Confira o top 10 entre os 151 países:
1. Índia: A Líder Global em Adoção de Cripto

A Índia ocupa a primeira posição pelo terceiro ano consecutivo. O país lidera em todas as categorias: varejo, institucional, DeFi e atividade em exchanges centralizadas. Uma população jovem e nativa digital, o amplo acesso a smartphones e um setor fintech em rápido crescimento impulsionam a liderança da Índia. A cripto se integra perfeitamente a ferramentas como o Unified Payments Interface (UPI), conectando transações em moeda fiduciária e blockchain de forma simples e eficiente. Organizações locais como a Bharat Web3 Association promovem educação e regulamentação, ajudando o setor de cripto a amadurecer de forma responsável. A Índia não está apenas adotando cripto, está moldando a economia digital global.
2. Estados Unidos: A Potência Institucional

Os Estados Unidos ocupam o segundo lugar e se destacam pelo domínio institucional. Após a aprovação de vários ETFs de Bitcoin e maior clareza regulatória, o país atraiu investimentos maciços. Os ETFs americanos agora administram mais de 120 bilhões de dólares em Bitcoin, enquanto os títulos do Tesouro dos EUA tokenizados ultrapassaram 7 bilhões em 2025. O GENIUS Act estabeleceu regras claras para stablecoins, garantindo a dominância do dólar mesmo em formato digital. Grandes instituições financeiras como Visa, Mastercard e Citi estão integrando blockchain aos sistemas de pagamento, enquanto a adoção no varejo cresce em plataformas como Coinbase e Cash App. O resultado é uma combinação poderosa de inovação, regulamentação e finanças tradicionais.
3. Paquistão: Paquistão: Cripto para a Sobrevivência Diária

O uso de cripto no Paquistão é movido pela necessidade. Com acesso limitado ao sistema bancário global e uma moeda volátil, milhões de pessoas dependem de stablecoins para remessas e poupança. Freelancers, pequenos negócios e famílias utilizam USDT e USDC diariamente. Para muitos, é a única opção financeira estável disponível. A grande diáspora paquistanesa também fortalece a economia de cripto do país ao enviar remessas digitais para casa. A mudança do governo em direção à regulamentação, em vez de restrições, tem impulsionado o crescimento. O Paquistão mostra como a cripto pode empoderar populações que não são atendidas pelas finanças tradicionais.
4. Vietnam: Cripto no Dia a Dia

O Vietnã combina inovação com praticidade. A cripto é usada para jogos, remessas, pagamentos online e poupança digital. Milhões de vietnamitas já consideram a blockchain parte da sua rotina financeira. A indústria local de games teve um papel enorme em impulsionar a adoção em massa, enquanto os serviços de remessas dependem de stablecoins para garantir eficiência nas transações internacionais. O uso de DeFi continua forte, mostrando que os usuários vietnamitas compreendem tanto os riscos quanto as oportunidades das finanças descentralizadas. No Vietnã, a cripto não é apenas um investimento, é uma ferramenta financeira essencial.
5. Brasil: O Gigante Cripto na América Latina

O Brasil continua sendo o líder indiscutível da América Latina. O país ocupa o quinto lugar no ranking global, impulsionado por mais de 318 bilhões de dólares em valor de transações. Mais de 90% da atividade cripto no Brasil envolve stablecoins. Os cidadãos as utilizam para se proteger da inflação, enviar dinheiro para o exterior e participar do comércio digital. A Lei de Ativos Virtuais do país e a supervisão do Banco Central trouxeram confiança regulatória e atraíram investimentos institucionais. Bancos como o Itaú e gigantes fintech como o Nubank e o Mercado Pago agora oferecem serviços de cripto diretamente. A combinação de regulamentação sólida, grande atividade de varejo e sistemas de pagamento inovadores faz do Brasil um modelo para toda a região.
6. Nigéria: O Motor Cripto na África

A Nigéria é o coração da adoção de cripto no continente africano. O país ocupa o sexto lugar no ranking global e o primeiro na África Subsaariana. Em 2025, o país processou mais de 92 bilhões de dólares em transações de cripto. Bitcoin e USDT dominam o mercado, já que os cidadãos recorrem aos ativos digitais para se proteger da inflação e das restrições cambiais. Além do varejo, a atividade institucional em cripto na Nigéria está crescendo. As stablecoins são usadas para o comércio entre África, Ásia e Oriente Médio, comprovando a força da cripto como ferramenta de pagamento internacional.
7. Indonésia: Inovação e Inclusão

A Indonésia continua subindo no ranking graças ao seu ecossistema equilibrado entre usuários de varejo e institucionais. É um país onde a cripto conecta milhões de pessoas a sistemas financeiros que antes eram inacessíveis. Pequenas empresas utilizam stablecoins para e-commerce e importações, enquanto projetos DeFi atraem investidores com conhecimento em tecnologia. A abordagem regulatória do governo é favorável, com foco na concessão de licenças para exchanges e na proteção do consumidor. O sucesso da Indonésia mostra que inclusão e inovação podem crescer juntas quando a regulamentação anda de mãos dadas com a oportunidade.
8. Ucrânia: Resiliência em Meio à Crise

A jornada da Ucrânia com a cripto é um exemplo de resiliência. Apesar do conflito em andamento, a cripto se tornou essencial para cidadãos, instituições de caridade e empresas. Os ativos digitais permitem armazenar valor, transferir dinheiro entre fronteiras e financiar ajuda humanitária. Ajustando-se pela população, a Ucrânia ocupa o primeiro lugar mundial em uso de cripto per capita. Isso faz do país um símbolo de como a tecnologia blockchain pode sustentar a sobrevivência financeira e promover transparência em tempos de instabilidade.
9. Filipinas: Cripto como Estilo de Vida

Nas Filipinas, a cripto faz parte da vida cotidiana. Milhões de pessoas a utilizam para jogos, remessas e comércio digital. Modelos de play-to-earn e jogos baseados em blockchain apresentaram a cripto às gerações mais jovens de forma natural. Trabalhadores que vivem no exterior enviam stablecoins para casa, e aplicativos locais tornam a conversão em pesos instantânea e acessível. O resultado é uma economia de cripto vibrante, movida pela comunidade e baseada em utilidade, não em especulação. Com a melhoria da educação e o amadurecimento da regulamentação, as Filipinas provavelmente subirão ainda mais no ranking nos próximos anos.
10. Rússia: O Gigante DeFi da Europa

A Rússia fecha o top 10 com uma poderosa combinação de inovação em DeFi e atividade institucional. Com 379 bilhões de dólares em transações de cripto, o país lidera a Europa em volume. As sanções internacionais levaram o país a desenvolver sistemas de cripto autossuficientes, incluindo a stablecoin lastreada no rublo, A7A5, usada em transações comerciais. As transferências em grande escala e a participação em DeFi cresceram significativamente, refletindo a adaptação da nação às restrições geopolíticas. Apesar dos desafios, a Rússia continua sendo um grande participante na economia blockchain, mostrando que a cripto prospera mesmo em ambientes restritos.
Bônus: Países Classificados entre 11º e 20º no Índice Global de Adoção de Cripto em 2025
Além do top 10 da adoção global de cripto, o relatório Chainalysis 2025 Geography of Crypto revela uma nova onda de países em rápido crescimento. Essas nações mostram como a adoção de cripto está se espalhando além dos polos tradicionais, impulsionada por uma combinação de participação no varejo, crescimento institucional e inovação regional. Cada uma acrescenta uma nova camada à história global das finanças digitais.
11. Reino Unido – Forte presença institucional em trading e crescente interesse em DeFi mantêm o país próximo do topo, apesar das regras mais rígidas para o varejo.
12. Etiópia – Um dos que mais crescem na África, utilizando cripto para remessas e inclusão no sistema bancário móvel.
13. Bangladesh – Uso consistente no varejo por meio de aplicativos móveis, com usuários contornando barreiras do sistema bancário tradicional.
14. Turquia – Volume massivo impulsionado pela proteção contra a inflação e pelo trading especulativo de altcoins.
15. Coreia do Sul – Lar de traders ativos e com crescente demanda por stablecoins para liquidez e proteção contra volatilidade.
16. Iêmen – A cripto preenche a lacuna deixada por um sistema financeiro fragmentado, apoiando pagamentos essenciais.
17. Tailândia – Expansão da adoção no varejo e da participação em DeFi sob um tom regulatório mais transparente.
18. Venezuela – Stablecoins dominam o uso diário em meio à instabilidade econômica e à alta inflação.
19. Japão – Crescimento acelerado graças às novas regras para stablecoins e à redução das taxas de imposto sobre cripto.
20. Argentina – A cripto continua sendo uma proteção contra a inflação, com forte adoção de USDT e Bitcoin para poupança.
Percepções Regionais: Onde a Adoção de Cripto Está Crescendo Rápido

O relatório Chainalysis Geography of Cryptocurrency 2025 confirma que a adoção global está se expandindo em todos os níveis de renda. A região Ásia-Pacífico (APAC) lidera com um aumento impressionante de 69% no valor das transações, subindo de 1,4 trilhão para 2,36 trilhões de dólares. Índia, Vietnã e Paquistão continuam dominando, combinando inovação no varejo com forte entrada de investimentos institucionais. A força da região está na sua diversidade, desde o uso de cripto impulsionado por remessas na Índia até a cultura de trading profissional na Coreia do Sul.
A América Latina vem em seguida com um crescimento de 63%, impulsionada pelos 318 bilhões de dólares em volume de cripto do Brasil. As stablecoins agora representam mais de 90% da atividade da região, ajudando usuários a proteger suas economias contra a inflação e a desvalorização das moedas locais. Enquanto isso, a África Subsaariana registrou crescimento de 52%, movimentando um mercado de 92 bilhões de dólares liderado pela Nigéria. Aqui, a cripto atende a uma necessidade real: pagamentos via celular e stablecoins preenchem as lacunas deixadas pelo acesso limitado ao sistema bancário.
América do Norte e Europa permanecem como potências institucionais, processando juntas mais de 4,8 trilhões de dólares em valor. O crescimento de 49% na América do Norte reflete a forte entrada de capital em ETFs e ativos tokenizados, enquanto o aumento de 42% na Europa é sustentado pela regulação MiCA e pelo crescimento da stablecoin lastreada em euro, EURC. Juntas, essas regiões mostram um novo equilíbrio entre utilidade no varejo e força institucional, um motor duplo que impulsiona a próxima onda de adoção global.
Por Que as Stablecoins Estão Dominando
As stablecoins se tornaram a espinha dorsal da economia cripto. Em 2025, USDT e USDC movimentaram mais de 700 bilhões de dólares por mês, com o USDT ultrapassando 1 trilhão em seu pico. Elas se tornaram o meio preferido para pagamentos, comércio e remessas, conectando as finanças tradicionais aos ecossistemas digitais em todo o mundo. Seu papel vai muito além do trading — são a camada global de liquidação da nova economia da internet.

Novos participantes como EURC, PYUSD e DAI estão crescendo rapidamente, transformando a forma como o dinheiro digital funciona entre fronteiras. O EURC teve um salto de 2.700% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo arcabouço regulatório claro da MiCA, enquanto o PYUSD atingiu 4,8 bilhões de dólares em volume mensal. Esses números mostram uma mudança em direção a stablecoins reguladas e transparentes: ativos digitais confiáveis tanto para instituições quanto para indivíduos.

Grandes players financeiros como Visa, Mastercard e Stripe agora integram pagamentos com stablecoins diretamente, enquanto bancos como Citi e Bank of America estudam lançar seus próprios tokens. Nos mercados emergentes, as stablecoins funcionam como um salva-vidas contra a inflação; nas economias desenvolvidas, permitem transações instantâneas e de baixo custo. Para descobrir quais stablecoins têm maior potencial, confira nosso guia Top 5 Stablecoins: Um Guia Com as Melhores Para Usar, que mostra onde segurança e crescimento se alinham melhor no mercado atual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Índice Global de Adoção de Cripto 2025 confirma o que traders e investidores já percebem: a cripto amadureceu. Ela deixou de ser uma alternativa e passou a ser uma camada integrada das finanças globais. Essa evolução é visível em todos os lugares:
- Na Índia, onde a blockchain se expande em pagamentos e remessas.
- Nos Estados Unidos, onde ETFs e ativos tokenizados conectam a cripto a Wall Street.
- No Brasil e na Nigéria, onde as stablecoins já funcionam como moedas do dia a dia.
- Na Europa, onde o EURC e a regulação MiCA estão reformulando o sistema financeiro.
Os dados da Chainalysis mostram que a adoção agora vai além da especulação. Trata-se de resiliência, eficiência e acesso. A cripto se tornou uma ponte entre economias, não uma bolha acima delas. Mais do que o trading, a integração da cripto em casos de uso reais — de faturamento a liquidação — marca a próxima fase de evolução. Um exemplo disso é como os ativos digitais estão revolucionando os pagamentos empresariais, como detalhado em Pagando Faturas com Criptomoedas: Tudo o Que Você Precisa Saber.
À medida que investidores institucionais e usuários comuns convergem, o ecossistema cria raízes mais profundas. Essa transição se conecta perfeitamente com as reflexões do artigo How Crypto Shapes Experiences Outside the Scope of Finance. Essa transformação revela uma verdade mais ampla: a cripto não está apenas mudando como o dinheiro se move, mas também como confiança, transparência e oportunidade circulam entre fronteiras. O futuro das finanças não está chegando; ele já está aqui, uma transação de cada vez.


