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Visão geral do Índice Global de Adoção de Criptomoedas
Pessoas em todo o mundo estão adotando cada vez mais a criptomoeda. A motivação delas? Melhor acesso a serviços financeiros. Elas buscam mais controle sobre o próprio dinheiro. Além disso, elas estão explorando novos caminhos de investimento. É uma alternativa mais simples e acessível que o sistema bancário tradicional, derrubando barreiras como taxas pesadas e burocracia.
No “The 2024 Geography of Crypto Report“, a Chainalysis revela ativamente os padrões de adoção global de criptomoedas em nível popular. O relatório muda o foco dos países com elevados volumes de transações, muitas vezes nações mais ricas e maiores. Ele destaca áreas onde as pessoas comuns usam extensivamente a criptomoeda. Essa abordagem fornece uma visão mais clara do cenário cripto mundial. Isso mostra como as moedas digitais se integram às práticas financeiras diárias em escala global.
Curiosamente, a região da “Ásia Central & Meridional e Oceania” se destaca no relatório, contando com 5 países no top 10 da lista.
As exchanges de cripo são fundamentais para esta mudança. Elas simplificam a compra e venda de criptomoedas. Essas plataformas atendem a diversas necessidades. Gradualmente, elas estão se tornando parte da vida diária.
O Índice Global de Adoção de Cripto de 2024 reforça ainda mais essa tendência: em países com moedas instáveis, condições econômicas difíceis ou regulamentações restritivas, há um aumento significativo na adoção popular de criptomoedas. As pessoas recorrem a estes ativos digitais como uma salvaguarda contra a inflação e para mitigar as incertezas prevalecentes nos seus mercados. Confira o top 10 entre os 151 países:
1. Índia
A Índia mantém a posição de liderança no Índice Global de Adoção de Cripto de 2024, refletindo seus esforços contínuos de adoção de criptomoedas. O imposto de 30% sobre ganhos de capital e o TDS de 1% sobre todas as transações de cripto continuam a desafiar as exchanges locais. No entanto, as plataformas offshore seguem acessíveis: a Unidade de Inteligência Financeira da Índia emitiu, em dezembro de 2023, uma notificação para nove exchanges, mas os usuários mantiveram a atividade via aplicativos já baixados, e um relatório do Esya Center concluiu que o bloqueio foi passageiro. Além disso, o recente fim do bloqueio de sete meses à Binance, após seu registro, sinaliza uma crescente clareza regulatória, que pode impulsionar ainda mais a adoção popular de criptomoedas na Índia.
2. Nigéria
A Nigéria mantém o segundo lugar no Índice Global de Adoção de Cripto de 2024, refletindo seu amplo engajamento com cripto. Entre julho de 2023 e junho de 2024, o país recebeu aproximadamente US$ 59 bilhões em valor cripto. Cerca de 85% das transferências foram inferiores a US$ 1 milhão. Tarefas cotidianas, como pagamento de contas, recarga de celular e compras no varejo, já são realizadas com cripto, segundo Moyo Sodipo, da Busha. Além disso, as stablecoins representam cerca de 40% dos fluxos de entrada, oferecendo proteção contra a volatilidade da naira. Elas também reduziram os custos de remessas de US$ 200 em cerca de 60% em comparação com os canais fiduciários.
Adicionalmente, o uso de DeFi explodiu, com nigerianos movimentando mais de US$ 30 bilhões por protocolos descentralizados no último ano. De forma crucial, avanços regulatórios começaram a se materializar. Em dezembro de 2023, o banco central suspendeu sua proibição bancária. Já em junho de 2024, a SEC lançou o Programa de Incubação de Regulação Acelerada para VASPs. No entanto, muitas instituições financeiras ainda aguardam regras mais claras antes de entrar plenamente no mercado. Olhando para frente, o diálogo contínuo com os reguladores pode desbloquear maior participação do TradFi no cenário cripto em expansão da Nigéria.
3. Indonésia
A Indonésia pulou da 7ª posição em 2023 para o 3º lugar no Índice Global de Adoção de Cripto de 2024, refletindo a expansão acelerada de seu mercado. Entre julho de 2023 e junho de 2024, o valor on-chain alcançou aproximadamente US$ 157,1 bilhões, impulsionado por fluxos de trades profissionais. Mais de 43% do volume em exchanges veio de transferências entre US$ 10.000 e US$ 1 milhão, sinalizando forte atividade profissional. Além disso, os fluxos de varejo (US$ 1.000 a US$ 10.000) superaram todos os principais mercados, demonstrando ampla adoção popular.
O ecossistema Web3 da Indonésia também se destaca, com uso de exchanges descentralizadas e DeFi acima das médias regionais e globais. O trading especulativo, impulsionado por meme coins e pelas novas regras de full call auction, aumenta a intensidade do mercado. Além disso, millennials e a Geração Z representam mais da metade dos investidores, apoiados por programas universitários de blockchain e por uma comunidade degen ativa. Com o crescimento do interesse institucional, o engajamento contínuo com a Bappebti e iniciativas governamentais devem sustentar esse ritmo.
4. Estados Unidos
Os Estados Unidos mantiveram o 4º lugar no Índice Global de Adoção de Cripto de 2024. A América do Norte detém uma fatia significativa do mercado global de criptomoedas, recebendo US$ 1,3 trilhão em valor on-chain entre julho de 2023 e junho de 2024. Mais de 70% das transferências superaram US$ 1 milhão, impulsionadas em grande parte por players institucionais norte-americanos. Após o colapso da FTX e do SVB, o Bitcoin disparou para uma nova máxima histórica de US$ 73.000 em março de 2024.
Além disso, a introdução dos ETPs de Bitcoin spot nos mercados dos EUA consolidou a convergência entre TradFi e cripto. Firmas tradicionais como Goldman Sachs, Fidelity e BlackRock já assumiram posições significativas em cripto. No entanto, a atividade com stablecoins em plataformas reguladas dos EUA estagnou em 2024, à medida que a demanda global superou o crescimento doméstico. Olhando adiante, regras mais claras sobre stablecoins e ativos digitais serão cruciais para sustentar o mercado cripto norte-americano.
5. Vietnã
O Vietnã permanece em 5º no top 10 do Índice Global de Adoção de Cripto (GCA) de 2024, refletindo seu impulso contínuo. O país ocupa a 3ª posição tanto em valor de serviços centralizados quanto em entradas de varejo em exchanges, enquanto em DeFi e DeFi de varejo está em 6º e 5º lugar, respectivamente. Entre julho de 2023 e junho de 2024, o Vietnã ajudou a impulsionar mais de US$ 750 bilhões em entradas regionais de criptoativos. Transferências em volume profissional, acima de US$ 10.000, continuam a sustentar o volume das exchanges centralizadas, junto a uma forte atividade de varejo em transações menores.
Enquanto isso, o crescimento do engajamento em DeFi destaca o aumento do interesse em protocolos descentralizados, mesmo com os obstáculos de liquidez e interoperabilidade ainda persistindo. O projeto-piloto de pagamentos em blockchain do Banco Estatal do Vietnã e as discussões em andamento entre reguladores e a indústria prometem diretrizes mais claras, o que pode destravar uma participação institucional mais profunda e impulsionar ainda mais a adoção popular.
6. Ucrânia
Entre julho de 2023 e junho de 2024, a Ucrânia recebeu US$ 106,1 bilhões em entradas de cripto em meio à guerra e às sanções. Transferências institucionais e profissionais impulsionaram a maior parte desse crescimento, à medida que investidores buscavam estabilidade. Enquanto isso, as compras de Bitcoin em hryvnia alcançaram US$ 882,6 milhões, destacando a demanda por uma reserva de valor confiável.
A atividade em DeFi também disparou, com entradas em DEX chegando a US$ 34,9 bilhões e grandes transações institucionais aumentando mais de 361%. Além disso, transferências de DeFi de varejo abaixo de US$ 10.000 subiram mais de 82%. A clareza regulatória se aproxima, já que a Ucrânia caminha para alinhar-se ao framework MiCA da União Europeia. O vice-ministro vê uma legislação bem elaborada como chave para destravar receitas fiscais, atrair talentos e aumentar a credibilidade. Plataformas como a WhiteBIT sustentam operações regionais, reforçando o impulso contínuo da adoção popular.
7. Russia
A Rússia entrou no top 10 em 2024, após ter ficado em 13º lugar em 2023. Entre julho de 2023 e junho de 2024, os russos enviaram e receberam cerca de US$ 182 bilhões em cripto. Grandes investidores e o espaço em rápida expansão das finanças descentralizadas (DeFi) impulsionaram grande parte disso. Os trades em plataformas DeFi chegaram a US$ 58 bilhões, quase três vezes o nível do ano anterior. No início de 2024, Moscou legalizou a mineração de criptomoedas e começou a testar o uso para pagamentos do dia a dia. As sanções internacionais continuam moldando o mercado, mas usuários e empresas persistem em encontrar alternativas.
Na prática, o trading peer-to-peer, em que as pessoas trocam cripto diretamente, saltou mais de 150%, destacando a demanda popular por stablecoins como proteção contra a volatilidade do rublo. Muitos usam stablecoins para se proteger das oscilações da moeda russa. Atualmente, as stablecoins respondem por aproximadamente um quarto de todas as transações de criptomoedas que entram e saem da Rússia, com o USDT liderando. A energia barata na Sibéria alimentou um boom de mineração, com operadores estabelecendo fazendas em grande escala na região. Olhando para frente, o projeto-piloto do rublo digital do Banco Central, previsto para o fim de 2024, pode formalizar pagamentos em cripto e atrair investidores institucionais.
8. Filipinas
As Filipinas movimentaram cerca de US$ 40 bilhões em redes cripto entre julho de 2023 e junho de 2024. Muitos filipinos já usam cripto para remessas e contas do dia a dia. Em 2024, a SEC introduziu regras claras de licenciamento para exchanges, e o Departamento de Finanças se comprometeu a adotar padrões globais de reporte fiscal até 2028. Organismos internacionais como a FATF e a Comissão Europeia retiraram monitoramentos extras, demonstrando confiança no progresso do país. Esses avanços devem aumentar a confiança do público e atrair mais empresas para o mercado.
9. Paquistão
No Paquistão, as exchanges centralizadas movimentaram um volume que supera vários mercados maiores, embora as finanças descentralizadas (DeFi) ainda estejam pouco desenvolvidas. Muitas pessoas recorrem às criptomoedas para proteger suas economias contra oscilações repentinas da moeda local. Caso os reguladores forneçam diretrizes mais claras e modernizem a infraestrutura, o uso de DeFi pode crescer, atraindo novos participantes. A indústria e os reguladores estão discutindo programas sandbox para testar com segurança novos serviços e inovações em cripto.
10. Brasil
O Brasil registrou quase US$ 90 bilhões em atividade cripto entre julho de 2023 e junho de 2024, consolidando sua liderança na América Latina. As stablecoins dispararam como proteção contra a volatilidade econômica, enquanto bancos e fintechs lançaram mais ofertas ligadas a cripto. O projeto-piloto do real digital avançou, e conversas em andamento entre autoridades e líderes do setor buscam moldar regras mais ágeis. Esses esforços podem tornar o uso de cripto mais acessível para milhões de brasileiros.
Na América Latina como um todo, o Brasil lidera em volume e adoção de usuários. A Argentina vem em seguida, com mercados peer-to-peer fortes, enquanto o México apresenta rápidos avanços no trading de varejo. Enquanto isso, a Venezuela continua sendo um refúgio para criptomoedas, já que os venezuelanos buscam proteção contra a inflação e os controles cambiais. Juntas, essas quatro nações impulsionam o crescimento cripto da região, cada uma desempenhando um papel único na adoção.
Perguntas Frequentes
PARA CONCLUIR
O Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2024 mostra que mais pessoas em diferentes países estão usando criptomoedas para ter maior controle financeiro e acessar novas oportunidades de investimento. Esta tendência é notável na Ásia Central & Meridional e na Oceania, onde seis países lideram no uso diário de criptomoedas. A Índia e a Nigéria são grandes intervenientes neste domínio, sendo o crescimento da Índia impulsionado pelas pessoas comuns e o da Nigéria pelos desafios económicos. Da mesma forma, o Vietnã e os EUA mostram um crescimento promissor na utilização de criptomoedas, embora os EUA enfrentem alguns obstáculos regulamentares.
Por outro lado, países como Ucrânia, Filipinas, Indonésia, Paquistão e Brasil mostram como a criptomoeda está se tornando popular em diferentes situações econômicas. Por exemplo, no Paquistão, as pessoas usam criptomoedas para proteger as suas poupanças em tempos difíceis, enquanto nas Filipinas e na Tailândia há esforços para fazer crescer o cenário de criptomoedas com a ajuda do governo e das empresas. Estes exemplos ao redor do mundo mostram que as criptomoedas estão gradualmente se tornando parte da vida financeira diária das pessoas, proporcionando novas soluções para velhos problemas.
